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Fonte: Da Máquina do Esporte
São Paulo
Mesmo com investimentos que superaram os R$ 3 bilhões e estouraram em oito vezes a previsão inicial, os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro podem ajudar a promover a economia brasileira para o restante do mundo. Essa é a avaliação de Michael Payne, diretor do Comitê Olímpico Internacional (COI) por 21 anos e responsável pela mudança comercial das Olimpíadas.
“A Coréia do Sul, uma das sedes da Copa do Mundo de 2002, é um bom exemplo disso. Nos anos 80, os produtos coreanos eram vistos como cópias baratas. O governo usou a Copa para ajudar a mudar essa imagem. Hoje, o ‘Made in Korea’ é sinônimo de inovação, liderança tecnológica e qualidade”, afirmou Payne, em entrevista à revista “Exame”.
Segundo o especialista, que classificou o Pan do Rio de Janeiro como o “mais bem-sucedido de todos os tempos”, a intenção de o país sediar uma Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos reforça mais ainda positivamente a imagem do Brasil no exterior.
“A importância desses eventos [Copa do Mundo e Olimpíadas] é mostrar o potencial de um país. Por isso a China está tão empenhada na organização dos Jogos de Pequim, em 2008. Ela quer mostrar durante o evento uma nova imagem para o mundo, a de um país cuja economia se desenvolveu muito nos últimos anos”, explicou Payne, que ainda cita os frutos colhidos por Barcelona, sede das Olimpíadas de 1992:
“Após os Jogos de 1992, a cidade ganhou uma visibilidade enorme, em especial para o turismo”.
Apesar dos elogios aos esforços brasileiros para o Pan e as suas construções, o ex-diretor do COI diz que o país ainda precisa fazer importantes ajustes para vislumbrar a possibilidade de receber outros grandes eventos, especialmente as Olimpíadas de 2016, ambicionadas pelo Rio de Janeiro.
“Está claro que o setor aéreo brasileiro precisa de investimentos, renovação e melhorias. Mas ainda há tempo de resolver esses problemas. O governo precisa de um plano sério para a candidatura da cidade, do mesmo modo que a Espanha fez com a cidade de Barcelona em 1992”, completou o especialista.
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DanDan no PAN Rio 2007 